sábado, 12 de maio de 2012

O PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL


O professor da Educação Infantil.
Segundo Severino (1991) os profissionais das escolas infantis precisam manter um comportamento ético para com as crianças, não permitindo que estas sejam expostas ao ridículo ou que passem por situações constrangedoras. Alguns adultos, na tentativa de fazer com que as crianças lhes sejam obedientes, deflagram nelas sentimentos de insegurança e desamparo, fazendo-as se sentirem temerosas de perder o afeto, a proteção e a confiança dos adultos.
O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que despertam pelo material de que são feitos. Lembrando sempre da importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade das crianças.
Uma observação atenta pode indicar o professor que sua participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida, introduzindo novos personagens ou novas situações que tornem o jogo mais rico e interessante para as crianças, aumentando suas possibilidades de aprendizagem.
"Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida". (KAMI, 1991, 125).
As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu  nível básico de ação real  e moralidade. (Vygotsky, 1989). Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo,  por isso, indispensável à prática educativa.
 Conclusão.
Na escola é possível o professor se soltar e trabalhar os jogos como forma de difundir os conteúdos. Para isso, entendo ser necessário a vivência, a percepção e o sentido, ou seja, o educador precisa selecionar situações importantes dentro da vivência em sala de aula; perceber o que sentiu como sentiu e de que forma isso influencia o processo de aprendizagem; além de compreender que no vivenciar, no brincar, a criança é mais espontânea. "Sem dúvida, os conteúdos podem ser trabalhados com o uso do jogo. A criança pode trabalhar ou fixar um conteúdo com a atividade lúdica. Mas, para isso, o jogo é uma das estratégias e não a única".
Entendo ainda que o primeiro passo para se trazer o lúdico, a brincadeira para dentro da escola, é o resgate da infância dos próprios educadores, a memória. "Do que brincavam, como brincavam, lembrarem-se de uma figura especial. É um momento de humanizar as relações, de resgatar o sentimento e lembrar como eles eram e o que sentiam quando viviam o momento que as crianças, seus alunos, estão vivendo agora. Todo mundo foi criança e teve essa vivência.
Penso que atualmente, o problema da utilização do jogo na escola, está no fato dele ser usado apenas como instrumento pedagógico e não como uma linguagem através da qual o professor pode ter informações da criança. No "Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil" está incluída na lei a importância de brincar e levar a arte para dentro da educação infantil. "Há o movimento pela formação dos professores, que precisam ser capacitados e se soltar dentro do lúdico".

BRINCADEIRAS E JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL


. As brincadeiras e jogos na educação infantil
Com brincadeiras e jogos o espaço escolar pode-se transformar em um espaço agradável, prazeroso, de forma a permitir que o educador alcance sucesso em sala de aula. Nós, educadores temos que ser multifuncionais, ou seja, não apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos, psicopedagogos, recreacionistas e muito mais, para que possamos desenvolver as habilidades e a confiança necessária em nossos educandos.
Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial na vida da criança.  De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. Em torno dos 2-3  e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a representação.
Acredito que as brincadeiras devem acompanhar a criança da educação infantil, pois nesse período da vida da criança, são relevantes todos os aspectos de sua formação, pois como ser bio-psico-social-cultural dá os passos definitivos para uma futura escolarização e sociabilidade adequadas como membro do grupo social que pertence.
NEGRINE (1994), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que "quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica".  Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.
A criação de espaços e tempos para os jogos e brincadeiras é uma das tarefas mais importantes do professor, principalmente na escola de educação infantil. Cabe-nos organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de brincadeiras, de forma, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e respeitando as diferenças de cada um..
Nos tempos atuais, as propostas de educação infantil dividem-se entre as que reproduzem a escola elementar com ênfase na alfabetização e números (escolarização) e as que introduzem a brincadeira valorizando a socialização e a re-criação de experiências. No Brasil, grande parte dos sistemas pré-escolares tende para o ensino de letras e números excluindo elementos folclóricos da cultura brasileira como conteúdos de seu projeto pedagógico. As raras propostas de socialização que surgem desde a implantação dos primeiros jardins de infância acabam incorporando ideologias hegemônicas presentes no contexto histórico-cultural. (OLIVEIRA, 2000).
Relembrando que brincar é um direito fundamental de todas as crianças no mundo inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio.

A IDEOLOGIA NEOLIBERAL


A ideologia neoliberal encontra-se fortemente presente no mundo, abrange todo o nosso território, estamos cada vez mais incorporados por suas idéias.  Cada vez mais presenciamos postura individualista dos seres humanos, o egoísmo fortemente presente em nossas vidas. A coletividade já não é vista o fazer junto, a colaboração, enfim, já não são eixos pertinentes em nossa sociedade  No que se refere à educação, cada vez mais observamos dentro de nossas escolas a transmissão de conhecimentos de cunho competitivos, preparo de mãos de obras para o mercado de trabalho, sendo o único objetivo da escola, não se importam com o desenvolvimento, com a formação deste educando, para viver harmonicamente perante a sociedade. Grande parte das escolas não se interessam na formação integral de seus alunos, os profissionais da educação não assumem compromissos em oferecer uma educação de qualidade, no que pese o compartilhamento do ensino para assim contribuir para formação de cidadãos  críticos-reflexivos e atuante na sociedade. Com a conscientização, com a persistência de um governo, Estado que não se venda a essa forte doutrina possa recuar consideravelmente a ação dos neoliberais, que se lute pelo combate da pobreza, esta de forma digna, sem exploração do trabalhador, que o Estado continue promovendo politicas de bem-estar- social para a sociedade.fonte; Amarilda S. de Amaral

PROJETO TEXTOS LITERÁRIOS


 Livro:  Poliana
 Resumo do livro
Trata-se da história de uma menina de onze anos, filha de um missionário
pobre, que após ficar órfã, vai morar em outra cidade com uma tia rica, rígida e
severa, à qual não conhecia previamente. Pollyanna ensina às pessoas de sua
relação na nova comunidade o jogo do contente, que havia aprendido com seu
pai no dia em que esperava ganhar uma boneca e recebeu um par de
muletinhas. Seu pai lhe explicou que não existia nada que não pudesse ter
dentro qualquer coisa capaz de nos fazer contentes, e ela então ficou contente
por não precisar das muletinhas. E depois desse dia, criou o jogo de procurar
em tudo que há ou acontece, alguma coisa que a faça contente, e o ensina
sempre que encontra alguém triste, aborrecido ou mal-humorado.
Quem não conhece pode achar o livro piegas e bobo, mas a doçura com
que a autora construiu a personagem fez com que a história de Pollyana fosse
muito mais que um drama. A menina não é boba, não é inocente além da
conta, não sofre de autopiedade e, não é, nem de longe, o modelo perfeito de
criança. Ao contrário, é espevitada, curiosa,trevida, espirituosa e determinada.
Teima quando acha que está certa e tenta fazer de tudo que está ao seu
alcance para que as coisas saiam da forma que ela quer. Mas apesar disso, é
sempre doce e amável com todos e seu jeito espontâneo é o que acaba
cativando todos.
O grande desafio do Jogo do Contente é encontrar a felicidade em todos os
momentos, mesmo nas pequenas coisas e ainda parece não existir motivo
nenhum para ser feliz. Não é o otimismo utópico, não é aquele sentimento que
a velha máxima encerra, “no final tudo dá certo”, não é uma fuga da realidade;
é uma forma de enxergar o mundo e o que acontece nele, procurando focar no
melhor de cada coisa e de cada ser.
2. Objetivos
_ Inferir, no texto literário, a pessoa real-autor- e a pessoa ficcionalnarrador;
_ Identificar, entre as partes de um texto, relações de causa, comparação
e oposição;
_ Explicar o uso, em um texto escrito, de marcas da língua falada e seu
efeito estilístico;
_ Estabelecer relação, no interior de um texto, entre um problema
apresentado e a solução oferecida;
Diálogos Literários
4º/9 – Ensino Fundamental I
Professora: Rosenildes Almeida
Paradidático: Pollyana
Autora: Eleanor H. Porter
Editora: Nacional
_ Selecionar estratégias de reescrita de textos, considerando sua
finalidade, gênero, interlocutor e contexto;
_ Identificar os elementos constitutivos do gênero biografia;
3. Procedimentos de leitura
_Hora do Conto, Cor e Encanto
Este momento consiste em oferecer sessões de contação de histórias e de
atividades de promoção da leitura e interpretação de texto, pois o professor
precisa ler para que seus alunos possam ser envolvidos pelo texto, servindo de
referencial para a turma. Na prática as crianças serão trazidas até a biblioteca
e num espaço próprio para esta atividade, vamos promover a Hora do Conto,
ou seja, durante uma hora elas irão passar pela primeira fase, que é escutar
histórias simples, mas com um fundo psicológico, emocional, ético e moral e de
noções de preservação do meio ambiente, falando também da pluralidade
cultural, utilizando o livro Pollyana faremos a leitura compartilhada. Na segunda
fase as crianças vão aprender a interpretar a história ouvida, através de
desenhos, teatro, textos e conversas sobre os temas abordados.
_Conhecendo a autora
Investigação sobre a biografia da autora do livro nas aulas de
informática.
_Organização da biblioteca (arquivo) nas salas de aulas – Baú de
Gêneros Literários
_Apresentação do filme “Poliana”
Problematização sobre a versão do livro e a versão do filme. Elaboração
de campanha
_Momento literário: Circuito com diferentes gêneros textuais abordando o
mesmo tema
Organização de idéias, resgate sobre o gênero textual “Biografia” e
sistematização em caderno ou ficha;
_Oficina Literária;
Sessões de explanação dos conteúdos evidenciados na obra; Oficina de
leituras e dramatização com a participação dos alunos e professores;
_ Releitura e Retextualização;
Solicitar que as crianças dêem um novo final ou início à história lida;
Releituras conjugando a linguagem (com sínteses) como forma de tornar mais
concreta a aprendizagem.
_Palavra Mágica: Atividades em fichas
Estudos individuais e coletivos dos dados contidos no livro;
_Produção textual
Fazer textos coletivos com a descrição dos personagens, considerando
características físicas e psicológicas;
4. Cronograma
Período Previsão de atividades propostas
Apresentação do livro, identificação dos gêneros
apresentados (ficha); Atividade na Biblioteca-
Releitura e retextualização do gênero biografia
Organização de equipes para trabalho em grupo (Portfólio)
Atividade em ficha Informática- Pesquisa da biografia da autora
Trabalho em grupo –
Atividade em ficha
 Socialização dos resultados
5. Sistematização do trabalho
No contato com o texto autobiográfico, incentivaremos os alunos a
descobrirem sentimentos, experiências ou pensamentos relacionados a
construção da identidade. Por meio da análise e reflexão sobre a vida de
Pollyanna, possibilitaremos o desenvolvimento de valores e atitudes
positivas em relação ao “OUTRO”, para assim, levar os alunos ao
autoconhecimento e se expressarem sobre si mesmos.
Nessa perspectiva, sistematizaremos as atividades deste projeto através
da elaboração de um portfólio, onde constarão as etapas significativas do
mesmo.

PROJETO: A CONSTRUÇÃO DE VALORES NA ESCOLA


Ensino Fundamental

Titulo:A construção de valores na escola
Objetivo da Pesquisa:  Analisar o processo de construção dos valores que ocorre na escola.considerando que as inúmeras mudanças na sociedade impuseram à escola e aos profissionais que nela atuam uma responsabilidade que era atribuída, numa primeira fase de construção, à família? Partindo do pressuposto de que essa rede de fatores está diretamente relacionada à queixa de que os valores estão em crise ou de que vivemos uma crise de valores, como a escola, enquanto instituição social, constituída por diferentes compreensões dos e de que valores são essenciais para garantir a adaptação do indivíduo à sociedade, está oportunizando a formação desse aluno, tanto no que se refere ao aprendizado dos conhecimentos sistematizados, quanto da constituição ética e moral? O que é necessário para que esse aluno alcance essa condição?
Referencial Teórico: Constituída por uma amostra de professores que atuam no ensino fundamental de 1ª a 4ª séries.
Metodologia: Através da análise de dados coletados através de uma investigação realizada com quarenta professores, que atuam no ensino fundamental, particularmente de 1ª a 4ª série. Como procedimento de coleta de dados, foi utilizado um questionário composto por questões abertas e fechadas e, como procedimento de análise de dados, a análise de conteúdo. Das questões que compuseram o procedimento de coleta de dados, analisaremos, nesse artigo, somente os aspectos relacionados à compreensão dos professores sobre o papel da escola e de seus profissionais no processo de construção de valores.
A escola é o espaço da diversidade, atende crianças/alunos de diferentes meios sócio-culturais, familiares, com experiências, aprendizagens, conceitos, leituras e representações de mundo, de valores, formas de julgamento e de comportamento distintos. Esses alunos não chegaram à escola como folhas em branco, abertas para receberem as marcas de uma formação moral que a escola tem para oferecer. Ao contrário, são alunos que estão em processos de formação. Anterior ao ingresso à escola, a formação da criança era predominantemente heterônoma. Nesse sentido, o primeiro grande desafio no que se refere à formação ética
Os valores que refletem a particular sensibilidade que a escola deve ter em relação a certos problemas do momento. As escolas possuem o compromisso com uma educação que estimule a autonomia dos alunos; que os oriente para o respeito a si mesmo e aos demais, para a solidariedade, para o compromisso com os mais frágeis, que os prepare para respeitar a natureza, ser sensíveis ao multiculturalismo, para fazer o que estiver ao seu alcance com a intenção de trabalhar pela paz e pela igualdade entre os povos e as pessoas.
Conclusões: Após tecer os sentidos atribuídos por professores que atuam no ensino fundamental sobre o papel da escola e de seus profissionais na construção de valores, reiteramos a posição de que a escola, enquanto instituição social e espaço de açãoreflexão , possui um papel fundamental no processo de construção e de reconstrução dos valores que norteiam o agir dos alunos. Mesmo que os professores que constituíram a amostra dessa pesquisa representem um “olhar”, uma leitura particular de uma realidade escolar determinada verificamos uma forte intenção, por parte desses profissionais, em resgatar o tema dos valores no contexto educacional.Entendemos que a escola, consciente de seu papel formativo e instrutivo, não pode trabalhar com os alunos qualquer valor e de qualquer forma. Caso contrário, o valor trabalhado poderá não se constituir como valor para eles. É importante que a escola reconheça a centralidade do tema dos valores e introduza-o como uma dimensão essencial do currículo, visando garantir ao indivíduo-cidadão1 a construção de uma relação crítica com os valores que possui e disponibilidade de reorganização e reinserção do conjunto de valores que almeja construir. Mesmo considerando a heterogeneidade de valores que regem a sociedade contemporânea, esse fato não impede que se possa delimitar um pequeno número de valores que constitua uma base ética comum, a saber: a justiça, o respeito pelo outro, a equidade, o respeito pela verdade. Tais valores, considerados valores morais universais, isto é, suscetíveis de serem aplicados a todas as pessoas, sempre, e em todas as circunstância. Além disso, como trabalhar com os valores. Possivelmente, esse tipo de intervenção mais prejudicará do que possibilitará a formação moral do aluno. Assim, estamos nos posicionando a favor de metodologias que não objetivem somente ensinar normas e regras, o que deve ou o que não deve ser feito, mas espaços educativos que valorizem o diálogo, a troca de idéias, negociações, acordos e consensos; coloquem o aluno no papel de intérprete de problemas éticos e morais surgidos na escola e fora dela.
Autor: Maria Teresa Ceron Trevisol